sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Memória Cultural e Poetas Juazeirenses são apresentados em sala de aula
A educação maquiada
Recentemente, li uma notícia sobre o aumento no número de analfabetos no Brasil. A última vez que esses números cresceram foi em 1998, é o que afirma uma análise realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Os maiores “culpados” por essa alavancada, é o nordeste (53,8% de todos os analfabetos do país, ou 7,1 milhões) e a população idosa. O índice subiu de 8,6% para 8,7%, são 300.000 analfabetos com idade superior a 15 anos, referentes a esse 1%.
Prestei atenção também, quando a notícia trazia o gigante número de 13,2 milhões de brasileiros que são analfabetos. Considerei o número um absurdo e logo me veio a mente, amigas graduadas e graduandas que escrevem palavras como “assindente” e “ qual quer”, elas não estão na contagem, imagine quem está. Acredito que esse número é bem mais extenso, procurei outras pesquisas e encontrei uma de 2005 divulgando a incrível informação, que 75% dos brasileiros não conseguem entender o que estão lendo.
Quando cursava o ensino fundamental, lembro de uma amiga pedindo para eu ler a parte dela do livro que iríamos apresentar e contar pra ela o que tinha entendido. Ela era analfabeta funcional, o texto era simples, ela lia e não entendia, nem por isso repetiu o ano, devíamos estar na 7º série. Logo comecei a buscar na memória, colegas repetentes e eram pouquíssimos, os educandos, adentravam a série seguinte sem maiores dificuldades, aliás, a única dificuldade era o aprendizado.
Numa conversa com um amigo, tentávamos adivinhar como as pessoas que moram fora do país enxergam a educação brasileira, ele comentou que os estrangeiros devem ficar confusos, sem saber o que pensar, porque o ensino fundamental e médio é tão precário e o ensino superior é digno de reconhecimento internacional. Logo lembrei da falta de reprovação que citei no parágrafo anterior. Na escola, eram poucos que repetiam o ano, já na faculdade, o estudante repete uma disciplina deixando de fazer um trabalho ou esquecendo de estudar para uma prova.
Lógico que existem certas exceções, certa vez acompanhei uma amiga numa prova final, essa era realizada via internet e as informações estavam ali no Google. Ela não precisou estudar o conteúdo que não havia aprendido durante o semestre, era só pagar a prova final e pesquisar na internet, que o semestre seguinte estava a caminho.
Desse modo, acredito que esses números são tão assustadores pela junção das parcelas de “culpa” das partes interessadas. O governo por não investir o suficiente numa educação de qualidade, os professores preguiçosos por não repetir o estudante de ano, já que esse não alcançou o aprendizado satisfatório e (vou dizer igual ao meu pai), os desinteressados. É muita visita no Facebook alheio, pra pouca pesquisa pertinente no Google. A atual educação brasileira está de deixando de ser maquiagem, para tornar-se, caricatura.
Por: Ana Marina Caldeira
O verdadeira sentido de ser pai
Nesta semana, comecei a produzir uma pauta para o “Papo Família”, quadro de uma emissora de telecomunicações da região. Estava procurando mães e pais independentes e logo imaginei como seria difícil encontrar pais que criam seus filhos sem a ajuda das mães, porque o contrário seria bem mais fácil de localizar.
Mas, ao começar a ligar para alguns contatos, percebi que estava um tanto enganada. Lógico que o número de mulheres que criam seus filhos sozinhas é maior, mas me dei conta da grande quantidade de pais que passam pela mesma situação.Afinal, não é fácil educar uma criança, ainda mais sozinha, num país que é o 18º mais violento do mundo, segundo o Instituto Avante Brasil (IAB) e com a 34º pior educação, segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).
Liguei para alguns pais independentes e as histórias logo iam surgindo. Cícero Walisson, cria seu filho de 3 anos e desde os 6 meses a mãe não participa mais da vida da criança. Já com Higino da Silva, que é pai de um menino de 12 anos, diz não lembrar o tempo certo que o filho não vê a mãe, só falou que faz muito tempo e não quis contar o motivo da separação, por considerar a história muito longa.
Certo que muitas mulheres são criadas para ser mães e desempenhar esse papel da melhor maneira possível. No entanto, quando as fatalidades da vida impendem que esse curso seja seguido, é admirável encontrar nos pais um exemplo de vida, persistência e vitória. Afinal, ninguém faz filho sozinho e é preciso que as pessoas compreendam que a responsabilidade é igual para ambos.
Por: Ana Marina Caldeira
Reajuste da mensalidade deve aumentar mais de 10% em Petrolina
Com a chegada do fim do ano, começa a preocupação dos pais e responsáveis em relação aos gastos do ano seguinte, principalmente quando o assunto é a educação dos estudantes. Para os educandos de escolas particulares, a lista de despesa é variada: livros, materiais escolares, matrícula e uniforme fazem parte do custo investido.
Edileide Dias, tem dois filhos estudantes de escolas particulares, este ano ela investiu cerca de 775 reais mensais com a educação das crianças, “ano que vem, eu vou gastar cerca de 900 reais com as escolas dos meus filhos, como pago o semestre adiantado, acabo economizando". Edineide comentou ainda que além do acréscimo no preço da mensalidade, existe o reajuste na série que os filhos frequentam, “conforme meus filhos passam de ano, o preço da mensalidade também aumenta”, pontua.
A gestora de uma escola tradicional de Petrolina, Terezinha Coelho, comentou o percentual que vai ser ajustado no preço da mensalidade para 2014, “ano que vem o reajuste será em torno de 10,8% a 11,2%”, para os responsáveis que pretendem pagar o semestre ou o ano antecipado, Terezinha esclarece, “vai depender do caso, não tem um valor estipulado”.
O diretor de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon) de Petrolina, Camargo Lima, alerta para as possíveis cobranças abusivas. “A instituição deve divulgar o valor do reajuste, com no mínimo 45 dias antes da data que a matrícula será encerrada”.
Para os consumidores que considerarem a cobrança excessiva, poderá solicitar a escola uma planilha detalhada, que comprove onde o dinheiro será investido. Outra questão que os responsáveis devem estar atentos é a cobrança da rematrícula, segundo o Código do Consumidor, a matrícula só deve ser cobrada uma vez, quando os estudantes ingressam na instituição de ensino.
Por: Ana Marina Caldeira
6ª Mostra de Produtos Agropecuários processados será realizado na UNEB em Juazeiro
Estudantes de Agronomia do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro, realizam na próxima terça-feira (16), a 6ª Mostra de Produtos Agropecuários processados na forma de doces, conservas, polpa, suco e laticínios.
Durante a mostra, os alunos de Agronomia vão estar fornecendo informações sobre as formas de processamento utilizadas para obter cada produto e destacar quais são os cuidados necessários para a higienização dos materiais utilizados durante o procedimento.
A 6ª edição da mostra é realizada por estudantes, sob a orientação do professor Emanuel Ernesto. A previsão é de que o evento aconteça em todos os semestres do curso de Agronomia, durante o encerramento da disciplina de processamento de produtos agropecuários.
“A disciplina orienta não apenas na produção dos conservados, mas antes disso ensina a forma de higienização que precisamos ter com o ambiente e com o alimento que é utilizado para que não haja contaminação, nem provoque danos à saúde do consumidor”, esclarece a estudante Izabela Almeida.
A programação será iniciada às 14h, no Auditório Tadeu Severino do DTCS, com uma palestra sobre o tema “Agroindústria Familiar”. O convidado para falar sobre o assunto será um representante do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA).
Após a palestra, os estudantes irão expor alimentos de origem vegetal e animal que foram transformados em produtos como caldas, compotas e iogurtes. A mostra acontece na praça de eventos da UNEB, a partir das 15h. O evento é gratuito e não é necessário realizar inscrição prévia.
15 anos construindo saber
Durante a semana passa, foi comemorado o aniversário de um dos cursos mais antigos do pólo universitário Juazeiro – Petrolina. Na Universidade do Estado da Bahia, UNEB, a graduação de Bacharelado em Direito, já formou mais de 450 profissionais ao longo desses anos.
Em comemoração foram realizadas oficinas, palestras, mesas redondas que discutiram os avanços e as novas perspectivas do curso. Egressos, atuais alunos, professores e ex professores estiveram presentes no evento. Maryangela Aquino, coordenadora do curso aponta qual o maior legado e contribuição: “maior legado é a formação do profissional de direito que vai atuar nas diversas áreas, garantindo os direitos e a melhor qualidade de vida para a população. Outro destaque é os profissionais estão ficando na região.”, afirma Maryangela.
Os participantes do evento puderam estar presentes em oficinas que discutiram desde a filosofia de Foucault até as áreas específicas do direito. Elizomar Araújo que esteve presente durante a oficina sobre a área criminal e pontua a importância de participar dessa oficina, “É importante por que tenho afinidade com a área criminal. Vão ser abordados temas como os limites da soberania dos veredictos e ampla defesa do acusado, então vou aprender muito, espero desperta e aumentar o meu conhecimento para que contribua para o crescimento do meu lado profissional”, afirma Elizomar.
Os alunos que participaram do evento reforçaram a importância do curso para a região, e elogiam o conhecimento que lhes foi proporcionado. Ao longo dos quinzes anos graduandos, professores, egressos e funcionários contribuíram diretamente para a consolidação e construção do saber.
Por: Ana Carla Nunes
A Hora do Conto Natalina: Um Projeto que educa através da leitura
Foto: Divulgação |
Vai acontecer na próxima segunda-feira (9), no Anfiteatro Canto de Tudo, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III, em Juazeiro, A Hora do Conto Natalina com o tema: O Encanto do Natal. O evento é organizado por alunos do 4º período do curso de Pedagogia, sob a orientação da professora Selma Maria Campos.
A Hora do Conto Natalina é um projeto de incentivo à leitura, e desenvolve atividades cantadas e apresentadas. Nessa data, estarão culminando os trabalhos produzidos durante o semestre 2013.2. Para a aluna Katiuscia Maria da Silva, o projeto teve relevância na sua formação acadêmica, proporcionando um momento de aprendizado importante durante o ensino pedagógico.
Por: Cátia Lopes
Educando seu corpo através de exercícios físicos
O número de pessoas com doenças crônicas cresce a cada dia. Muitos males estão relacionados com a genética, outros, podem ser diagnosticados por falta de exercícios físicos. A prática da Educação Física visa ensinar ao seu corpo, hábitos que o beneficiará pelo resto da vida.
A educação física pode contribuir para um melhor condicionamento físico e mental. Muitas doenças crônicas podem ser curadas não só através de medicamentos, mas também pela pratica desses exercícios. Muitas pessoas ainda pensam que praticar exercícios é ir para academia “puxar ferro”. E não se resume em apenas pegar peso. Correr, pedalar, nadar são modalidades que podem contribuir bastante para um bom condicionamento.
Foto: Arquivo Pessoal |
Desde muito cedo Gabriel Calado, atualmente preparador físico, ressalta os ganhos da educação física; Melhora no condicionamento cardiorrespiratório, aumento da força, da resistência, e melhoras neuromotoras, são os benefícios mais vistos entre os ativos fisicamente.
Além disso, para manter o corpo equilibrado, e necessário uma reeducação alimentar. Praticar exercícios necessita de vontade, e responsabilidade. Antes de realizar qualquer tipo de atividade, é essência procurar um médico, realizar exames, buscar saber se todas as taxas estão normais, em seguida, procure uma boa academia, ou profissionais competentes da área.
A maioria das pessoas vive na correria do dia a dia. Por isso, acabam sem tempo de se exercitar. Gabriel destaca que muitos treinamentos educacionais físicas podem ser feitas dentro de casa, porém, com a intervenção de um bom profissional.
Por: Adriane Lima
Curso mais antigo do Vale completa 53 anos
Em 1960, 34 alunos foram aprovados no primeiro processo seletivo da Faculdade de Agronomia do Vale do São Francisco. Hoje a antiga FAMESF deu lugar ao curso de Engenharia Agronômica oferecido pela Universidade do Estado da Bahia. O completa 53 anos na próxima quinta feira, 12. Um evento em comemoração vai acontecer no próximo sábado, dia 14.
O primeiro curso de agronomia da região está programando um evento para que o dia 14 de dezembro, próximo sábado. Para festejar a implantação da graduação, um encontro que vai reunir os egressos tem em sua programação palestras e mesas de discussões.
O coordenador do evento, José Humberto Félix, apresentou qual a importância desse tipo de ação e de que forma isso colabora para a troca de experiências: "Ao longo desses anos muitos alunos foram formados tanto na FAMESF, quanto do curso que depois passou a ser da Uneb. A troca de experiências faz com os alunos entendam a importância que o curso exerce na região."
Para a ocasião a organização está esperando uma média de 300 pessoas para o evento. O público alvo são os egressos, mas os atuais alunos e professores também podem comparecer as festividades.
Por: Ana Carla Nunes
Cinema no Vale traz a arte para discussão de temas variados
Uma das mais consagradas artes da atualidade, o
cinema, na década de 1890 foi reconhecida como modelo de entretenimento pelo
trabalho dos Irmãos Lumière. No século XX adotou aos seus demasiados gêneros o
modelo de educação e história. O projeto “Cinema noVale”, que terá sua segunda exibição na sexta-feira (6), propõe a utilização de
filmes antigos para discutir a importância do cinema nas suas variadas formas
de contextualização (gêneros).
A iniciativa do professor Afonso Henrique Menezes,
da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) teve início em 2005.
Neste ano, o projeto dá continuidade com as exibições em todas as sextas-feiras,
no Auditório da Biblioteca do Campus Petrolina da Univasf.
O longa metragem mexicano “Depois de Lúcia", do
diretor Michel Franco marca a segunda noite de dezembro, com base no tema bullying. A sessão começa a partir das
19h30 e a entrada é gratuita. Os próximos filmes serão: no dia 13, “Trabalhar cansa”, de Juliana Rojas e Marcos Dutra e dia 20, no encerramento do ano, “A morte passou por perto”, dirigido por Stanley Kubrick. Já está previsto a
continuidade do projeto para 2014.
Por: Amanda Santos
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Política de Educação Infantil é tema de aula evento em Senhor do Bonfim
Abrir espaços alternativos para realização de
atividades acadêmicas: esse é o objetivo da aula/evento “Pedagogia & Pizza”,
que vai acontecer em sua 3ª edição no dia 10 de Dezembro, na cidade de Senhordo Bonfim, sob a organização das professoras da UNEB, Maria Glória da Paz e
Beatriz Costa.
Foto: Arquivo pessoal/ Maria Glória |
Os temas são voltados para as disciplinas oferecidas
durante os semestres em que acontecem as aulas/eventos, e nesta edição o tema
é: Política de Educação Infantil, com a
palestra intitulada: “Coisa de pobre”: a Política de Educação Infantil em Feira
de Santana (2001-2008), com a palestrante Profª. da UEFS Fani Rehem.
“O evento é voltado para dois aspectos: o formativo
em que se discute e reflete sobre algum tema e o outro aspecto mais voltado
para o lazer e convivência fora do campus”, afirma Glória.
Foto: Arquivo pessoal/ Maria Glória |
Durante o encontro são esperados cerca de 90
participantes, entre alunos, ex-alunos e pessoas que tenha interesses nesse
momento de confraternização e de aprendizado promovido por professores e alunos de Pedagogia da UNEB.
Por: Cátia Lopes
Programa estimula o ato da leitura em comunidades rurais
Programa
para levar bibliotecas itinerantes, está sendo realizada em algumas cidades do
Território Sertão do São Francisco, atendidas pela Assessoria Técnica e Extensão
Rural (Ater) do Irpaa. São entregues 200 exemplares de livros para comunidades rurais,
com intuito de fortalecer o hábito de leituras no meio rural.
Além
de receber os livros, pessoas das comunidades são capacitadas para serem as
agentes de leituras, responsáveis em cuidar da Arca das Letras, nome dominado
para o programa. As pessoas das
comunidades podem pegar livros emprestados, fazer as leituras nos espaços onde às
arcas sendo quadradas. Para efetivar esse programa é necessário que as agentes de
leituras, tenha cuidados com os livros e dvd.
A
comunidade pode ajudar para aumentar o acervo, doando livros para a arca,
Possibilitando um maior estímulo na leitura. Além de contribuir no envolvimento da comunidade no cuidado com o programa.
As cidades que vão receber a arca são: Uauá, Curaçá, Sobradinho, Casa Nova. Comunidades de Juazeiro e Canudos já foram contemplados com o programa que é desenvolvido pelo Ministério Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com o Irpaa. Para a comunidades que não são atendidas pelo Ater, é possível acessar o programa através do preenchimento de uma solicitação da Arca das Letras, diretamente co MDA.
Carta é construída no Seminário de Educação Contextualizada
Após três dias de debates,
oficinas, painéis, mesas, feiras e apresentações culturais, o Seminário
Nacional de Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido chega ao fim,
nessa última quinta-feira. Durante o evento organizações da sociedade civil,
governamentais
como o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Secretaria de Educação de
Juazeiro e Universidades da região contribuíram com as discussões a respeito da
temática de educação contextualizada.
Nesse último dia de debates
foi construída a Carta do Seminário, resultados das oficinas temáticas
realizadas ao longo do evento. Reafirmar que é necessário expandir e aprofundar
os debates, além de construir metas para criar e políticas públicas para
educação contextualizada com o semiárido, aumentar o diálogo com o Ministérioda Educação e secretarias municipais e estaduais, foram algumas das questões
presentes no documento.
A carta foi aprovada por todos
os participantes do evento. Fortalecendo a pauta para além de uma ação pedagógica
utilizada na sala de aula. Educação que respeite e valorize o sujeito e a
realidade ao qual ele está inserindo, precisa ganhar espaços nas propostas dos representantes
públicos, para consolidar essa luta, que vem desenvolvidas por diversos
segmentos, entre eles a Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab).
Por: Gisele Ramos
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Campanha pelo Fim da Violência contra a mulher debate sobre a "Feminização da AIDS"
Na programação dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher, o Centro de Saúde III de Juazeiro-BA, abriu suas portas para a palestra "Feminização da AIDS", nesta terça-feira (3). Confira mais sobre o assunto com a repórter Amanda Santos.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Eufonia! Um programa que contribui para a formação dos alunos!
Criado em 2006, o Eufonia é um produto do projeto de extensão Criação e Instalação da Rádio Universitária da Universidade do Estado da Bahia, que incentiva a produção Radiojornalística, e há 7 anos vem contribuindo para o crescimento
profissional de alunos do curso de Comunicação Social do departamento de
Ciências Humanas, em Juazeiro.
Foto: Divulgação |
A revista
radiofônica é um projeto piloto da rádio universitária da UNEB, e conta com a
colaboração de alunos do curso de Jornalismo, sob a orientação da Professora
Fabíola Moura, e é veiculado aos sábados através de parceria com cinco (5)
rádios da região.
Desde a criação do projeto, mais de 100
alunos participaram fazendo pesquisas e produzindo conteúdo jornalístico para o
Eufonia. E neste sábado (7), o programa será especial, em comemoração aos 7
anos de existência, que chega a alcançar a marca de 373 edições.
Atualmente, o Eufonia conta com o apoio de
nove (9) colaboradores, entre eles um (1) monitor, sendo todos alunos do curso
de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo em Multimeios.
Para o ex-aluno do curso e
um dos primeiros colaboradores do programa, Claus Oliveira, a experiência obtida
através do projeto contribuiu para o seu amadurecimento profissional:
“Quando o Eufonia surgiu, foi uma oportunidade de aprendizado, e no início eu mergulhei muito no Eufonia, tanto que o meu Trabalho de conclusão de Curso foi sobre o rádio. E eu aprendi muito!”, afirma Claus.
Por: Cátia Lopes
Educação é a base da nossa formação pessoal
O que é mais importante: ler ou escrever? As duas opções são fundamentais para qualquer pessoa, é a partir dessa prática ensinada na escola que construímos nosso discurso, auxilia na nossa identidade. Parafraseando a psicóloga e pedagoga argentina Emilia Ferreiro, "a escrita 'de cada indivíduo' não resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo de construção pessoal".
Pensando nisso, no início desta semana foi efetivado o Concurso de Redação e Desenho na cidade de Juazeiro com o tema "100 anos de alegria no carnaval de Juazeiro da Bahia". Os alunos da Rede Municipal de Ensino interessados poderão participar tanto no quesito desenho ou escrita. Os participantes devem estar matriculados em algum dessas etapas de formação escolar: Educação Infantil (4 e 5 anos), Ensino Fundamental (4º ano à 8ª série) e Educação de Jovens e Adultos (EJA - da 3ª à 5ª etapa).
A primeira etapa será nas escolas, datado entre 31 de janeiro de 2014 à 05 de fevereiro. Os resultados vão ser divulgados no dia 13 de fevereiro (com três classificados por ano/série) e a premiação no dia 17 do mesmo mês, no auditório da Secretaria de Educação e Esportes.
Logomarca dos "100 anos de carnaval de Juazeiro da Bahia" |
Não é interessante? Enquanto as taxas de alfabetismo no Brasil estão em baixa, cidades como Juazeiro mobilizam-se para resgatar a cultura (carnaval tradicional) e a aproximação com a escrita, algo essencial na educação do cidadão e como pessoa no direito de expressão.
Alguns dizem que os problemas estão no desenvolvimento de base, outros no ensino médio (educadores e/ ou alunos); acredito que nos dois! Ter contato com as discussões de pedagogia dentro da minha família (mãe, tias) e por conhecidos, tomo como meu discurso que as colocações do filósofo e pedagogo brasileiro, Paulo Freire, apontam para possíveis soluções: diálogos (escola-aluno e escola-família), educação lúdica (dinâmicas para o aprendizado), constante pesquisas (novos conhecimentos e debates para sala de aula), entre outros. Educação é a base da nossa formação pessoal.
Por: Amanda Santos
Atividades educativas comemoram o dia da Consciência Negra
Para celebrar o dia da consciência negra, o
Núcleo de Arte-Educação Nego d’água (NAENDA) no bairro Quidé, vai realizar apresentações
de dança, balé, capoeira, entre outras. O evento acontecerá no próximo sábado
(7), a partir das 16:00h, na quadra poliesportiva do bairro. A ação é uma forma de mostrar para a comunidade todas as atividades realizadas durante o ano. O evento espera que cerca de 1.500 pessoas prestigiem as apresentações no bairro Quidé.
O Naenda é uma organização não governamental
e sem fins lucrativos que visa promover discussões junto à sociedade para
retirar diversos estereótipos ligados às desigualdades sociais e raciais. Desde
2001 quando a instituição começou suas atividades pedagógicas, grandes
resultados puderam ser alcançados, como o prêmio Cultura Viva do Ministério da
Cultura. Isso só pode ser possível através de parcerias com o programa Criança
Esperança, Governo do Estado da Bahia, Pernambuco, voluntários entre outras
entidades.
Atualmente a instituição trabalha com cerca
de 100 crianças e jovens carentes de 7 a 17 anos, através do Projeto Casa da
Cultura, que além das oficinas citadas a cima, trabalha capacitando esses
jovens em teatro, danças populares, aulas de percussão, capoeira e filarmônica.
Além disso, estimulam o hábito da leitura de meninos e meninas por meio do
Ponto da leitura – extensão das atividades gratuitas oferecidas pelo Naenda.
Adegivaldo Mota, coordenador técnico do Núcleo
de Arte-Educação ressalta que a partir da realização dos eventos, o bairro pode
ser visto por membros da sociedade como um lugar enriquecedor e transformador da cultura; “a divulgação do projeto melhorou a autoestima da comunidade a aparição na grande mídia também trouxe uma série de elogios aqui pro bairro”.
Por: Adriane Lima
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
A educomunicação como “o grande presente”
Atualmente, a educomunicação está dando seus passos
em comunidades e escolas a fim de aproximar as pessoas, reafirmar os direitos
de comunicação, formação de sujeitos por atividades lúdicas e debates em prol
da transformação social. A jornalista e mestre em Educação, Ceres Marisa Silva
dos Santos, trabalhou como coordenadora da Comissão de Estudos Afrobrasileiro (CEAFRO)
e dedicou parte da sua experiência com a área da Educomunicação, idealizada por
Ismar de Oliveira.
Foto: Arquivo pessoal |
“Os resultados de uma ação de Educom é o grande presente.
Ver crianças produzindo programas de rádio, editando, gravando programas,
avaliando programas ou produzindo jornais é algo muito gratificante” – afirmou a
professora.
Suas principais
referências na área são Ismar de Oliveira Soares, Fernando Rosetti, Cicília
Peruzzo, Mario Kaplum, Juan Diaz Bordenave e Paulo Freire. Intercalar
conhecimentos de educação e comunicação são fundamentais para as oficinas de “educom”;
a mestra Ceres cita que a experiência de jornalista, desde a função de repórter
à editora, contribuíram para capacitar jovens para a confecção de produtos
midiáticos alternativos.
A escolha do público é
feita em conjunto e, nas palavras da entrevistada, “o\a estudante é especial,
pois reúne um conjunto de particularidades que precisamos conhecer e respeitar”.
Os maiores desafios estão no espaço escolar, quando professores distanciam-se
da proposta do projeto e não se interessam em envolver-se juntamente com os
alunos; além disso, a falta de equipamento e profissionais que saibam
manuseá-los dificulta nas produções. Ceres Santos selecionou
dentre as suas principais leituras, àquelas que são para si e interessados na
Educomunicação fundamentais para tomar conhecimento adequado do tema:
BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia-educação. Coleção
Polêmicas do nosso tempo. Autores Associados, 2ª edição, 2001.
CEP, Rede. Comunicação, Educação e Participação para uma educação pública de qualidade. 2012
CITELLI. Educomunicação, construindo uma nova área
do conhecimento. Paulinas, 2ª edição, 2011.
FISCHER, Rosa Maria
Bueno. Televisão & Educação, fluir e
pensar a TV. Autêntica, 2ª edição, 2003.
FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? - Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1982.
PERUZZO, Cicília M.
Krohling. Comunicação nos movimentos
populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis RJ: Vozes.
1998
ROSSETTI, Fernando. Mídia e escola – perspectivas para
políticas públicas. Central de Projetos, Educarte, Unicef, 2005.
SCHAUN, Angela. Educomunicação, reflexões e princípios.
Mauad\Fapesb, 2002.
SOARES, Ismar de
Oliveira. Educomunicação, o conceito, o
profissional, a aplicação. Contribuições para a reforma do Ensino Médio.
PAULINAS, 2ª edição, 2011.
POR: Amanda Santos
Convivência com Semiárido é discutido em Juazeiro
Começou hoje o Seminário Nacional de Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido. O evento pretende discutir proposta
pedagógica de educação para o Semiárido, durante os três dias do encontro, que
tem como público estudantes, educadores, gestores e pesquisadores entre outras
pessoas.
Logomarca do evento |
O Seminário está acontecendo no Centro de Cultura João Gilberto, Juazeiro- Bahia e pretende reunir aproximadamente 370 pessoas dos
estados Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Paraíba
e Bahia. A programação vai contar com palestras, mesa redonda, lançamentos e
feiras de livros, exposição de materiais didáticos e paradidáticos, cordéis.
O Seminário é realizado pela Rede de Educação do
Semiárido Brasileiro (Resab) em parceria com o Instituto Regional da Pequena
Agropecuária (Irpaa) e vai até quinta-feira. Além do seminário, Juazeiro ainda
vai sediar na quinta-feira (05), a I Mostra de Práticas Pedagógicas
fundamentadas na Educação para a Convivência com o Semiárido, atividade
organizada pelo Curso de Especialização
em Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido, da Universidade
do Estado da Bahia, campus III, local onde o evento vai acontecer a partir das
18:00h.
Juazeiro vem ganhando destaque em relação a eventos que
debatem a proposta de educação contextualizada, consolidando a região como uma
das referências em discutir a políticas públicas para a essa temática.
Por :Gisele Ramos
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Projovem Urbano em Petrolina encerra as inscrições neste sábado
Terminam amanhã, as inscrições para o Programa Projovem Urbano 2013, em Petrolina, para estudantes entre 18 e 29 anos que não concluíram o Ensino Fundamental. A proposta é dar oportunidade aos jovens de concluir a etapa escolar e possibilitar uma vaga no mercado de trabalho por meio de curso profissionalizante. Por meio do programa, os inscritos vão receber uma bolsa auxílio de R$ 100 mensal, matéria didático e escolar.
De
acordo com Heitor Bezerra Leite, secretário de educação, o ProjovemUrbano busca atingir a meta de 400 inscritos, no intuito de aumentar o nível de
escolaridade dos jovens na cidade e, que este dado, venha a contribuir com a
pesquisa nacional. O curso tem duração de 18 meses.
No
momento da inscrição, que acontece das 14h às 20h, os candidatos devem levar xerox
e originais dos documentos (RG, CPF, certidão de nascimento, comprovante de
escolaridade e comprovante de residência). Os locais de cadastro são as
seguintes escolas municipais:
- Escola Municipal 21 de Setembro – Rua Aureliano Francisco Neto, nº 45, bairro José e Maria;
- · Escola Municipal Julia Elisa Coelho – Rua Alto do Cocar, nº 90, bairro Alto do Cocar.
- · Escola Municipal Paulo Freire – Rua 54, nº 80, bairro São Gonçalo;
- · Escola Municipal Professora Laurita Coelho Leda Ferreira – Rua 10, s/n, bairro Vila Marcela.
Por: Amanda Santos
Um dicionário que informa características do sertão nordestino
Com
o intuito de catalogar e criar novas palavras foi criado o site Lexiss, que entra no ar a partir de hoje. O site é
um dicionário on line com verbetes de origem quilombolas, indígenas e de
palavras sertanejas encontradas na literatura. A plataforma online é um projeto
de pesquisa desenvolvido por alunos e professores da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) com apoio da a Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESP).
A lexicografia é uma disciplina com práticas
cientificas que utiliza de maneiras teóricas e práticas na construção de um
dicionário. O objetivo do site é manter viva a cultura da região através dessas
palavras, como também capacitar experiências formativas interculturais para
educadores e estudantes.
Considerando
que o território do Sertão do São Francisco é rico em diversas características culturas
e que na região semiárida podemos encontrar o que denominam de interculturalidade.
Onde grupos sociais e outras sociedades interagem com diferentes culturas, seja
ela, étnicas, indígena ou demais origens. O site vai contribuir para difundir
toda essa riqueza cultural.
O professor Cosme dos Santos, idealizador do
projeto, explica como surgiu a ideia de criar o site; “é verdade que temos uma
ausência de um dicionário léxico gráfico
para região do semiárido, e o Lexiss tem uma função nesse sentido, de que essa
realidade seja visibilizada pela pesquisa através do dicionário”.
O Lexiss já possui
mais de 350 palavras cadastradas para consulta, mostrando um diferencial dos
demais dicionários existentes no mercado
Por: Adriane Lima
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Brinquedoteca – recuperando a arte de brincar
Apresentação nas escolas de Juazeiro Foto:Arquivo Pessoal |
Há dois meses, alunos da Escola Estadual Rotary Clube em
Juazeiro, preparavam uma coreografia para comemorar o dia das crianças. A
partir disso, surgiu a ideia de resgatar as antigas brincadeiras,
para os passos da dança e música.
A cada dia mais as crianças estão atraídas pelas novas
tecnologias. Joguinhos, vídeos, e diversos aplicativos que seduzem meninos e
meninas para o mundo virtual. Por mais
que a rede contemple variados tipos de jogos, inclusive educativos, muitas
dessas crianças acabam perdendo a arte de brincar e desenvolver novas amizades.
O que acaba gerando um breve esquecimento de brincadeiras consideradas de ruas
como; amarelinha, pega- pega, pião e muitas outras.
O projeto intitulado Brinquedoteca,
além de lembrar as antigas brincadeiras, também é uma forma de mostrar para
esses meninos (as) como seus pais, avós e bisavós brincavam em suas respectivas
épocas, quando não existia o uso da internet. Atualmente o grupo é composto por
12 alunos com faixa etária de 11 a 15 anos.
Para o coordenador
do projeto Herbet Gomes, a sociedade esta mais aberta à cultura em geral, mas, ainda
consegue notar um pouco de preconceito gerado por ela; “Hoje
a sociedade é mais aberta pra eventos culturais sejam eles de dança, música ou
teatro. Quando falamos em dança o preconceito vem para os homens que são
bailarinos, a mesma ainda tem uma visão em que só mulheres podem dançar”.
Outra proposta do projeto é mostrar para os jovens do
século XXI que também se pode encontrar diversão nesses tipos de brincadeiras
denominadas “antigas”. Mesmo estando com pouco tempo de atuação, o
Brinquedoteca trabalha de forma assídua na elaboração de futuros projetos
culturais, a exemplo de um grande espetáculo, e na propagação de que outros
jovens e crianças possam vivenciar e levar consigo essas experiências. Finaliza Herbet Gomes.
Por: Adriane Lima
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Aprendizado a partir do lúdico
Realizar a reflexão sobre o
sistema alfabética, incentivar o estímulo da consciência fonológica, e
possibilitar que as crianças possam explorar o poder da escuta e pratiquem sua
atenção em determinados sons de seu interesse, esse são os objetivos de uma atividade
desenvolvida pelos alunos do curso de Pedagogia da Uneb, Campus III em
Juazeiro.
A atividade foi executada a
partir de orientações recebidas durante a disciplina Alfabetização e
Linguística, baseada na fonética e fonologia. O uso de jogos manuais confeccionado
pelos graduandos potencializa a construção do conhecimento pelos jovens que vão
acompanhar as atividades.
Adeilda Martins, professora
do curso de Pedagogia, apresenta as formas de aprendizado, “A gente pode
alfabetizar letrando a partir do lúdico, que é o jogo. Então para que as
crianças se apropriem do sistema alfabético, há essa possibilidade de ensinar a
partir dos jogos, que são recursos lúdicos. Ele não deve ser o único, claro, a
ser explorado nas práticas da sala de aula, mas é um recuso que potencializa a
construção do conhecimento.”
Para apresentar o trabalho,
os alunos promoveram a VII Amostra de Jogos Fonológicos: Brincando com a
fonóloga para a construção do letramento, onde os jogos utilizados e os alunos
que participaram desta experiência estiveram presentes.
Adriana Campana, aluna do 6º
período de Pedagogia, afirma que: “Importante pensar na criança e refletir como
ela vai jogar e como ela vai melhor a ciência fonológica. Ao aplicar os jogos é
interessante vê a atuação das crianças e como ela se relacionou com o jogo
pensado para elas.”
Por: Ana Carla Nunes
sábado, 23 de novembro de 2013
"Se assuma, ser negão é massa"
Na semana que é comemorado o
dia da consciência negra (20 de novembro), fui surpreendida com uma história
que nunca tinha pensado que existiria. Conversando sobre a maioria da população
brasileira, já que 51% das pessoas se consideram negras, segundo uma pesquisa
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma psicóloga me
confidenciou que certa vez escutou uma história, no mínimo curiosa, sobre uma
criança negra.
Era uma menina, que sofria
preconceito na escola, era chamada de apelidos pejorativos por causa da sua
raça. Devido a essa aversão que os colegas sentiam por ela, a criança
desenvolveu um sério medo de pessoas negras, não podia ver alguém negro na rua
que começava a chorar e fazer escândalo onde estivesse. Certa vez, a mãe entrou
no banheiro e a menina estava se olhando no espelho, falando “eu sou branca,
meu cabelo é liso e eu sou linda”.
Depois de ouvir a história,
comentei sobre a dificuldade que as pessoas têm em falar que o outro é negro.
“É bem moreno, quase negro”, já escutei essa frase inúmeras vezes, minha vó
sempre disse, “não existe raça morena, ou é branco, ou é negro”. Muitas pessoas
temem em chamar a outra de negra, como se isso fosse uma espécie de termo ruim.
Percebi o quanto é difícil
educar uma criança, a psicóloga explicou que o preconceito começa quando os
pais chamam o colega por características pejorativas, como “aquele seu amigo,
do cabelo ruim”. Concluir que os pais devem dar exemplos e prestar atenção no
seu filho, porque muitas vezes deixamos de educar pessoas que vão contribuir
para o crescimento do país, para criar monstros.
Por: Ana Marina Caldeira
domingo, 17 de novembro de 2013
A Educação Contextualizada como uma ferramenta transformadora
A região do Semiárido
brasileiro é uma das regiões do Nordeste que mais sofre com preconceito e
estereótipos. Tratada com um grande grau de inferiorização pelos demais
estados, por estar localizada em uma região de clima seco, pouca chuva e com
grande número de analfabetos e evasão escolar. Porém, pouco se discutem as
potencialidades de desenvolvimento do Semiárido, possibilidades essas que são
fortalecidas a partir de ações que correspondem às especificidades culturais,
econômicas, sociais, educacionais e ambientais. Dentro dessas ações está a
proposta da educação contextualizada.
Essa proposta é assegurada
pela legislação que regula o sistema educacional no Brasil, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) que foi promulgada em 1996. A partir
dessa lei, as instituições de ensino devem trabalhar os conteúdos curriculares
metodológicos de acordo com as necessidades dos estudantes e sua realidade
local. A utilização de elementos contextualizados na prática de ensino começou
a ser difundidos no Território do São Francisco em meados dos anos 90, pelo
Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA.
O Irpaa iniciou o trabalho
de Educação Contextualizada com o Semiárido para os agricultores e agricultoras
no espaço de educação não formal, porém de forma esporádica, alguns educadores
participavam desse momento de construção de conhecimento, relacionando os
conteúdos didáticos com a realidade ao qual estão inseridos os educandos.
Porém, a partir de 1997, o Instituto Regional da Pequena Agropecuária
Apropriada, criou um setor pedagógico, que desenvolve atividades na formação de
educadores, assessoria os municípios na elaboração e propostas de políticas
pedagógicas.
A proposta de Educação
contextualizada no Semiárido
A Educação Contextualizada é
fundamentada na desconstrução do currículo educacional universalista, que
desconsidera as particularidades de cada região e dos professores e
estudantes. A metodologia da educação
contextualizada no Semiárido tem sido desenvolvida a partir de duas vertentes.
A educação contextualizada no ambiente escolar das áreas rurais, sendo a
educação contextualizada no campo.
A segunda vertente é a
educação contextualizada para a convivência com Semiárido, que abrangem tanto
as escolas rurais, como as da zona urbana. A partir dessa proposta o educador
aborda e discute a região Semiárida e suas particularidades dentro do plano de
aula, contribuindo na desconstrução dos estereótipos do chão rachado, além de
auxiliar os estudantes na construção de um olhar crítico e transformador do
contexto ao qual ele faz parte.
Hoje a educação contextualizada
voltada para o Semiárido vem sendo colocada em prática por diversas escolas e
instituições de ensino na região, a exemplo do curso de especialização e
Convivência com o Semiárido e o Mestrado em Educação cultura e territórios
semiáridos, que vai ter inicio na Uneb. Para geógrafa Luzineide Dourado
Carvalho, e coordenadora do projeto Núcleo de pesquisa e extensão de educação
contextualizada para convivência com o semiárido ( NEPEC), o mestrado vai ajudar a enxergar que a região
do Semiárido, tem suas características diferenciadas “estamos em um território
que tem suas particularidades, especificidades, construção histórica e
geográfica e cultural simbólica de perceber esse lugar aqui”. E que é
necessário os professores estejam atentos a essas particularidades.
Por: Gisele Ramos
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