Na semana que é comemorado o
dia da consciência negra (20 de novembro), fui surpreendida com uma história
que nunca tinha pensado que existiria. Conversando sobre a maioria da população
brasileira, já que 51% das pessoas se consideram negras, segundo uma pesquisa
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma psicóloga me
confidenciou que certa vez escutou uma história, no mínimo curiosa, sobre uma
criança negra.
Era uma menina, que sofria
preconceito na escola, era chamada de apelidos pejorativos por causa da sua
raça. Devido a essa aversão que os colegas sentiam por ela, a criança
desenvolveu um sério medo de pessoas negras, não podia ver alguém negro na rua
que começava a chorar e fazer escândalo onde estivesse. Certa vez, a mãe entrou
no banheiro e a menina estava se olhando no espelho, falando “eu sou branca,
meu cabelo é liso e eu sou linda”.
Depois de ouvir a história,
comentei sobre a dificuldade que as pessoas têm em falar que o outro é negro.
“É bem moreno, quase negro”, já escutei essa frase inúmeras vezes, minha vó
sempre disse, “não existe raça morena, ou é branco, ou é negro”. Muitas pessoas
temem em chamar a outra de negra, como se isso fosse uma espécie de termo ruim.
Percebi o quanto é difícil
educar uma criança, a psicóloga explicou que o preconceito começa quando os
pais chamam o colega por características pejorativas, como “aquele seu amigo,
do cabelo ruim”. Concluir que os pais devem dar exemplos e prestar atenção no
seu filho, porque muitas vezes deixamos de educar pessoas que vão contribuir
para o crescimento do país, para criar monstros.
Por: Ana Marina Caldeira
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